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Olá este é o meu Blog elaborado no ambito da Unidade Curricular de Dificuldades de Aprendizagem II.

Visitem e descubram um pouco mais da Disortografia e o grande contributo da Psicomotricidade nas Dificuldades de Aprendizagem .....


Espero que gostem ;)

sábado, 12 de maio de 2012


"Culto é aquele que sabe onde encontrar aquilo que não sabe. " Jeorge Simmel
Proposta de exercícios Psicomotores na intervenção das D.A
ü  Pintar
- Solicita-se à criança que pinte um desenho, selecionado pela técnica, depois a criança deverá contar uma história expressando o que o desenho representa para si.
- Objetivos:
- Desenvolver a criatividade;
- Desenvolver a praxia fina;
- Desenvolver a apreensão;
- Promover a comunicação verbal e interpessoal;
- Exprimir sensações e sentimentos;
ü   Colar e picotar
- A criança deverá colar as partes do corpo, que estão recortadas, num desenho de um menino ou menina, fornecido pela técnica. De seguida, deverá picotar as extremidades do desenho até conseguir separar retirar o molde do corpo (o desenho também poderia ser recortado em vez de picotado).
- Objetivos:
- Trabalhar a praxia fina;
- Promover a concentração;
- Desenvolver a preensão e precisão.
ü  Música
- A criança deve ouvir as músicas, de diferentes sons e ritmos, que a técnica coloca para tocar, e exprimir os seus sentimentos e pensamentos relativamente a cada uma.
- Objetivos:
- Perceção de sons e ritmos;
- Expressar sensações;
- Distinguir sentimentos;
- Desenvolver a criatividade.
ü  Escadas
- A criança deverá encontrar-se numas escadas, e segundo as instruções da técnica terá que descer e subir o número de escadas solicitadas.
- Objetivos:
- Conhecer o cima e baixo;
- Orientação espacial;
- Conhecimento dos números, das ordens (crescente e decrescente), da soma, da subtração, entre outros.
ü  Arcos
- A técnica coloca quatro arcos no chão, posicionados de modo a formarem um quadrado. A criança deverá mover-se segundo as ordens da técnica (frente e trás, esquerda e direita).
-Objetivos:
- Desenvolver as noções de frente, trás e esquerda e direita;
- Orientação espacial;
- Coordenação motora;
 -Lateralidade.
ü O circuito
 A criança deverá ultrapassar um obstáculo saltando a pés juntos; de seguida, deverá caminhar em cima de um colchão estreito, equilibrando-se; depois terá que passar por baixo de um túnel; posteriormente saltar a pé coxinho em dois arcos e por fim derrubar os pinos com uma bola, que se encontram a uma distância de 2 metros.
- Objetivos:

- Trabalhar a praxia global;
- Trabalhar o equilíbrio;
- Trabalhar a lateralidade;
- Desenvolver a coordenação óculo-manual.




 

A Psicomotricidade é o campo transdisciplinar que estuda e investiga as relações e as influências recíprocas e sistémicas entre o psiquismo e a motricidade, baseando-se numa visão holística do ser humano, encara de forma integrada as funções cognitivas, sócio emocionais, simbólicas e motoras. Assume-se como “uma reeducação ou terapia de mediação corporal e expressiva, na qual o reeducador ou terapeuta estuda e compensa as condutas motoras inadequadas ou inadaptadas, geralmente associadas a problemas de desenvolvimento e maturação psicomotora, de comportamento, de aprendizagem e de âmbito psicoafectivo.
O desenvolvimento dos fatores psicomotores, permite à criança melhorar a postura, a dissociação dos movimentos, a coordenação global dos movimentos, a motricidade fina, a discriminação táctil, visual e auditiva, da inclusão das estruturas espaciais e temporais, o aumento da capacidade de atenção e concentração.
A educação psicomotora é fundamental na vida da criança, e está refletida no histórico de vida do sujeito, podendo observar-se a partir daí, o desenvolvimento da criança, o seu relacionamento com o mundo, a sua interação com as pessoas, a forma como pensa e como atua, expressando as suas sensações e sentimentos, e utilizando o corpo como instrumento rico e significativo para a comunicação.


Contributos a Psicomotricidade nas Dificuldades de Aprendizagem
A Psicomotricidade nas Dificuldades de Aprendizagem trabalha os seguintes fatores psicomotores:
 - Tonicidade: relaxação ativa e passiva;
 - Equilibração: equilíbrio estático e dinâmico;
- Noção do corpo: conhecimento do próprio corpo e do corpo dos outros;
- Noções espaciais: direção gráfica, ordem das letras e dos números;
 - Interiorização da imagem corporal; coordenação, escrita, leitura harmoniosa, gestual, ritmo de leitura, imitação;
 - Lateralidade: identificação do lado dominante;
- Reconhecimento da direita e da esquerda; ordenação espacial, discriminação visual;
- Estruturação espácio-temporal; noções espaciais e temporais;
- Estruturação rítmica; perceção visual e auditiva;
- Identificação de ruídos e sons; identificação e combinação de letras e números, noção de esquerda e direita, alto e baixo (b / p; n / u; ou / on), dentro e fora (espaço para escrita: progressão/tamanho, ordem, orientação/cálculos);- Praxia global e fina: perturbações do grafismo (motora fina); manipulação / preensão.
A Disortografia e os Fatores Psicomotores

Disortografia, é a dificuldade de aprender e desenvolver a habilidade da linguagem e da escrita expressiva. Esta dificuldade pode ocorrer, ou não, associada a outras dificuldades de aprendizagem.
O desenvolvimento psicomotor abrange o desenvolvimento funcional de todo o corpo e das suas partes. Este está dividido em sete fatores psicomotores a tonicidade, o equilíbrio, a lateralidade, a noção corporal, a estruturação espácio-temporal e praxias fina e global.
A tonicidade, que indica o tono muscular, tem um papel fundamental no desenvolvimento motor, garante as atitudes, a postura, as mímicas, as emoções, de onde emergem todas as atividades motoras humanas.
O equilíbrio reúne um conjunto de aptidões estáticas (sem movimento) e dinâmicas (com movimento), abrangendo o controlo postural e o desenvolvimento das aquisições de locomoção.
A lateralidade traduz-se pelo estabelecimento da dominância lateral da mão, olho e pé, do mesmo lado do corpo. A lateralidade corporal capacita um indivíduo a utilizar um lado do corpo com maior desembaraço. O que geralmente acontece é a confusão da lateralidade com a noção de direita e esquerda, que esta envolvida com o esquema corporal. A criança pode ter a lateralidade adquirida, mas não saber qual é o seu lado direito e esquerdo, ou vice-versa.
No entanto, todos os fatores estão intimamente ligados, e quando a lateralidade não está bem definida, é comum ocorrerem problemas na orientação espacial, dificuldade na discriminação e na diferenciação entre os lados do corpo e incapacidade de seguir a direção gráfica.
A noção do corpo em psicomotricidade não avalia a sua forma ou as suas realizações motoras, centra-se mais no estudo da sua representação psicológica e linguística e nas suas relações inseparáveis com o potencial de alfabetização.
A estruturação espácio-temporal decorre como organização funcional da lateralidade e da noção corporal, uma vez que é necessário desenvolver a consciencialização espacial interna do corpo antes de projetar o referencial somatognósico no espaço exterior.
Praxia tem por definição a capacidade de realizar a movimentação voluntária pré-estabelecida com forma de alcança um objetivo. A praxia global está relacionada com a realização e a automação dos movimentos globais complexos, que se desenrolam num determinado tempo e que exigem a atividade conjunta de vários grupos musculares. A praxia fina compreende todas as tarefas motoras finas, onde associa a função de coordenação dos movimentos dos olhos durante a fixação da atenção, e durante a fixação da atenção e manipulação de objetos que exigem controlo visual, além de abranger as funções de programação, regulação e verificação das atividades preensivas e manipulativas mais finas e complexas.
Crianças que têm transtornos na coordenação dinâmica manual geralmente têm problemas visuomotores, apresentando inúmeras dificuldades de desenhar, recortar, escrever, ou seja, em todos os movimentos que exijam precisão na coordenação olho/mão.
A origem da disortografia pode estar associada a problemas na perceção, tanto auditiva como visual, que não permite memorizar esquemas gráficos e discriminar qualitativamente os fonemas, e ainda a problemas na atenção, que dificultam a fixação de grafemas ou de grafemas da maneira correta.
Deste modo, os fatores psicomotores que podem estar afetados na disortografia são as praxias, tanto a global como a fina, a lateralidade e a estruturação espácio-temporal.
A reeducação escolar visa uma melhoria no campo motor, que desta forma permitirá a transformação do modo de perceção e as formas de apreensão dos conteúdos. Uma nova perceção do corpo permitirá uma melhoria da relação, assim como uma mudança de comportamento, atingindo as dificuldades da criança, respeitando a individualidade e o desenvolvimento de cada criança, deste modo a reeducação escolar permite explorar pontos específicos para cada tipo de dificuldade, sejam elas de leitura, escrita, matemática, etc.
Como aparecem as Dificuldades de Aprendizagem

As crianças com dificuldades de aprendizagem apresentam disfunções em capacidades essenciais para uma aprendizagem tais como:
      §  Problemas na compreensão daquilo que foi lido;
§  Problemas na organização e retenção da informação e na interpretação de textos
§  Lentidão ao processar informações;
§  Possuem recursos pobres para a escrita;
§  Problemas de organização espacial;
§  Falta de concentração nas tarefas propostas.

Dificuldades de Aprendizagem Específicas

Dificuldade de aprendizagem específica significa uma perturbação num ou mais dos processos psicológicos básicos envolvidos na compreensão ou utilização da linguagem falada ou escrita, que pode manifestar-se por uma aptidão imperfeita de escutar, pensar, ler, escrever, soletrar ou fazer cálculos matemáticos. O termo inclui condições como deficiências percetivas, lesões cerebrais, disfunção cerebral mínima, dislexia e afasia de desenvolvimento. O termo não engloba as crianças que têm problemas de aprendizagem resultantes principalmente de deficiências visuais, auditivas ou motoras, de deficiência mental, de perturbação emocional ou de desvantagens ambientais, culturais ou económicas.
O que são as Dificuldades de Aprendizagem
Falamos em Dificuldades de Aprendizagem, quando a criança apresenta complicações em aprender a ler, a escrever ou a fazer cálculos matemáticos, quando comparada com outras crianças da mesma idade ou quando esta apresenta uma séria discrepância entre a capacidade intelectual e o rendimento escolar. O termo dificuldades de aprendizagem refere-se então a um grupo heterogéneo de desordens manifesta das por dificuldades significativas na aquisição e uso da audição, fala, leitura, escrita, raciocínio, ou habilidades matemáticas, estas desordens são intrínsecas ao indivíduo presumivelmente devem-se a disfunções do sistema nervoso central e podem ocorrer ao longo da vida. Embora as dificuldades de aprendizagem possam ocorrer concomitantemente com outras condições desvantajosas,  ( por exemplo, dificuldades sensoriais, deficiência mental, distúrbios emocionais sérios) ou com influências extrínsecas  (tais como diferenças culturais, instrução insuficiente ou inapropriada), elas não são o resultado dessas condições ou influências.
As DA mais abordadas no que respeita a educação são a Dislexia, Disortografia; Discalculia, Disgrafia e Perturbação de Hiperatividade com Défice de Atenção (PHDA).
  Dislexia é uma perturbação neurodesenvolvimental, sendo uma das perturbações infantis mais frequentes. As crianças disléxicas tendem a apresentar um conjunto alargado de dificuldades de aprendizagem e reacções emocionais secundárias decorrentes das alterações específicas nos processos de leitura e escrita.
A disortografia é a dificuldade na expressão da linguagem escrita, revelada por frases/palavras incorretamente construída, normalmente associada a atrasos na compreensão e na expressão da linguagem escrita. Como tal, a disortografia pode ser definida como o conjunto de erros da escrita que afetam a palavra mas não o seu traçado ou grafia, ou seja, a criança não respeita a individualidade das palavras, junta palavras, troca e omite sílabas e palavras.
A Discalculia é uma perturbação que se manifesta na dificuldade de aprendizagem do cálculo. Esta dificuldade pode-se manifestar em vários níveis da aprendizagem. Assim, podemos encontrar dificuldades ao nível da leitura, escrita e compreensão de números ou símbolos, compreensão de conceitos e regras matemáticas, memorização de factos ou conceitos ou no raciocínio abstracto. Podem ainda estar associadas dificuldades em aprender a ver as horas ou lidar com o dinheiro.
A Disgrafia é alteração da escrita que a afecta na forma ou no significado, sendo do tipo funcional. Perturbação na componente motora do acto de escrever, provocando compressão e cansaço muscular, que por sua vez são responsáveis por uma caligrafia deficiente, com letras pouco diferenciadas, mal elaboradas e mal proporcionadas.
A Perturbação de Hiperactividade e Défice de Atenção (PHDA) é caracterizada pela  impulsividade,  desenvolvimento anormal, desatenção e em alguns casos hiperatividade.
Disortografia o que é?

A disortografia é a dificuldade na expressão da linguagem escrita, revelada por frases/palavras incorretamente construída, normalmente associada a atrasos na compreensão e na expressão da linguagem escrita. Como tal, a disortografia pode ser definida como o conjunto de erros da escrita que afetam a palavra mas não o seu traçado ou grafia, ou seja, a criança não respeita a individualidade das palavras, junta palavras, troca e omite sílabas e palavras.
Etiologia
Segundo alguns autores as causas da disortografia podem ser do tipo percetivo, intelectual, linguístico, afetivo-emocional, e do tipo pedagógico.
Causas de tipo percetivo:
    ·         Deficiências na perceção e na memória visual e auditiva. Estas dificuldades refletem-se em problemas na discriminação de sons dos fonemas (discriminação auditiva), retenção do estímulo sonoro param posterior transcrição (memória auditiva), ou podem interferir com a evocação de algumas peculiaridades ortográficas que se apoiam na memória visual (palavras escritas com “b” ou “v”, com ou sem “h”, etc.)
    ·         Deficiências a nível espácio-temporal. Esta perceção é importante para uma correta orientação das letras, para a discriminação de grafemas quanto à sua orientação espacial (b/d, p/q, etc.) e para o adequado acompanhamento da sequenciação e ritmo da cadeia falada (cadência rítmico-temporal).
b) Causas de tipo intelectual:
    ·         Défice ou imaturidade intelectual, já que um baixo nível de inteligência determina, em muito casos, o fracasso ortográfico. Uma realização correta de transcrições implica operações de carácter lógico-intelectual que facilitam o acesso à aprendizagem do código de correspondências grafema-fonema e o conhecimento e a distinção dos diversos elementos linguísticos. Estes permitem dar sentido ao enunciado escutado e isolar corretamente as componentes de uma frase.
c) Causa de tipo linguístico:
       ·         Problemas de linguagem. Quando uma criança articula mal um determinado fonema ou o substituí por outro (s em vez de z), se necessitar de o repetir novamente para o escrever, irá repeti-lo erradamente e como tal, a sua escrita será igualmente errada.
     ·         Deficiente conhecimento e utilização de vocabulário. Quanto maior for o vocabulário da criança, mais palavras esta conhecerá e, como tal, a probabilidade de cometer erros aos escrever será menor.
d) Causas de tipo afetivo-emocional
      ·         Baixo nível de motivação. Quando a criança não está motivada para escrever corretamente, esta irá estar desconcentrada e não prestará a atenção necessária à tarefa. Como tal, pode cometer erros, mesmo que conheça perfeitamente a ortografia das palavras.
e) Causas de tipo pedagógico
    ·         O método de ensino é muitas vezes inadequado, daí esta ser uma das causas mais frequentes. A utilização de certas técnicas como o ditado, ou não respeitar a individualidade e o ritmo do aluno tornam-se prejudiciais para uma correta aprendizagem da escrita.
Tipos de Disortografia:

 A disortografia caracteriza-se em sete tipos:
a) Disortografia temporal: o indivíduo não consegue ter perceção esclarecedora dos aspetos fonéticos da fala, com a tradução fonémica e a consequente ordenação e separação dos elementos que a constituem;
b) Disortografia percetivo-cinestésica: o défice corresponde à incapacidade de analisar corretamente as sensações cinestésicas que intervêm na articulação. Esta inaptidão não possibilita que o indivíduo consiga repetir com exatidão os sons que ouve, que se traduz na substituição no ponto e no modo de articulação dos fonemas;
c) Disortografia cinética: existe uma alteração na sequência fonémica do discurso. Esta dificuldade de ordenação e sequenciação dos elementos gráficos leva a erros de união e de separação.
d) Disortografia viso espacial: traduz-se numa alteração percetiva da visualização dos grafemas ou conjunto de grafemas. É desta forma visível a ocorrência de inversões ou rotações estáticas (p/d, d/q), alteração em grafemas com formatos parecidos (m/n, a/o) e confusão de letras de grafia dupla (ch/x, s/z);
         e) Disortografia dinâmica: existem alterações na forma de expressão escrita das ideias e na sequenciação sintática das orações que constituem as frases. Esta dificuldade é frequentemente, denominada discromatismo;
         f) Disortografia semântica: neste caso, existe uma alteração na análise conceptual, que é necessária para estabelecer os limites das palavras. Existe também alteração no uso de sinais ortográficos;
        g) Disortografia cultural: verifica-se uma dificuldade na aprendizagem de regras e da ortografia convencional.

            Características:

           A disortografia tem como principal característica a troca de grafemas. Esta troca encontra-se associada a problemas de discriminação auditiva, dificuldades em perceber os sinais gráficos (parágrafos, pontuação, etc.), assim como no uso de coordenação e subordinação das orações.
Os principais erros que uma criança com disortografia costuma apresentar são: confusão de letras (trocas auditivas de consoantes surdas por sonoras: f/v, faca/vaca, etc.), vogais nasais por orais (na/a, en/i, on/o, um/u), confusão com sílabas com sonoridade semelhante (cantarão/cantaram), confusão de letras (trocas visuais: simétricas – b/d, p/q; semelhantes - e/a, b/h, f/t; confusão de palavras com configurações semelhantes – cópia de pedreiro em vez de padeiro). Geralmente, a criança omite palavras, ordena de forma confusa as palavras, usa incorretamente os verbos e pronomes e utiliza a pontuação de forma inadequada.
Os erros sistemáticos e reiterados na escrita e na ortografia implicados na disortografia, podem ser de natureza muito diversa e classificados nas seguintes categorias:
a) Erros de carácter linguístico-percetivo:
·         Substituição de fonemas vocálicos ou consonânticos afins pelo ponto ou modo de articulação: f/z, t/d, p/b, etc.
b) Omissões
·         De fonemas, em geral consonânticos, em posição constritiva (“como” em vez de “cromo”) ou final (“pato” em vez de “patos”).
·         De sílabas inteiras (“car” em vez de “carta”).
·         De palavras.
c)      Adições
·         De fonemas por insuficiência ou exagero na análise da palavra (“cereto” em vez de “certo”).
·         De sílabas inteiras (castelolo).
·         De palavras.
c)      Inversões de sons por incapacidade de seguir a sequência dos fonemas
·         De grafemas em sílabas inversas (“aldo” em vez de “lado”), mistas (“preto” em vez de “perto”) e compostas (“bulsa” em vez de “blusa”).
·         De sílabas numa palavra.
·         De palavras.
Este tipo de erros é característico da chamada “ortografia natural”, em que a sua aprendizagem se deve realizar ao longo do primeiro ciclo do ensino básico. Estes erros são mais frequentes nos primeiros anos.
e) Erros de carácter viso-espacial:
·          Substituição de letras que se diferenciam mediante a sua orientação no espaço (d/q, p/q).
·         Substituição de letras semelhantes nas suas características visuais (m/n, o/a, i/j).
·          Escrita de palavras ou frases em espelho. Este tipo de erros é muito escasso na disortografia.
·         Confusão em palavras com fonemas que aditem dupla grafia (ch/x, s/z).
·          Confusão em palavras com fonemas que admitem duas grafias, em função das vogais (/g/, /c/).
·          Omissão da letra “H” por não ter correspondência fonética.
Os três últimos erros incluem-se na chamada “ortografia visual” já que a aprendizagem de peculiaridades ortográficas depende da memória visual.
f)       Erros de carácter visa analítico
·          Dificuldade em fazer a síntese e a associação entre fonema e grafema. Esta dificuldade leva às trocas de letras sem qualquer sentido.
g) Erros relativos ao conteúdo
·         Dificuldades em separar sequências gráficas pertencentes a dada sequência fónica, respeitando os espaços em branco.
·         União de palavras (“acasa” em vez de “a casa”).
·         Separações de sílabas que compõem uma palavra (es-tá).
·         União de sílabas pertencentes a duas palavras (estacasa).
h) Erros referentes às regras de ortografia
·          Não colocar “m” antes de “p” ou “b”.
·          Infringir as regras de pontuação.
·          Não respeitar as maiúsculas depois do ponto ou no início do texto.
·          Não hifenizar nas mudanças de linha.
Avaliação :
Para uma avaliação correta desta dificuldade de aprendizagem é preciso conhecer a evolução normal a nível psicomotor, cognitivo, psicolinguístico e neurolinguístico ou seja :
-Conhecer os erros mais comuns e específicos
-Nível de escolaridade
-A frequência com que se usa determinadas palavras
-Os tipos de erros
 Ao abordar a disortografia é necessário ter em conta fatores como:
- Nível de escolaridade ,  a ocorrência de trocas ortográficas é provável dependendo do grau escolar em que o individuo se apresenta. Uma vez que numa primeira fase de ensino as trocas são normais, pois os sons e a escrita, ainda não estão totalmente automatizados.
-     A frequência com que se usa determinadas palavras. No caso de a criança não usar no seu contexto habitual determinada palavra leva a que a probabilidade de erro seja muito elevada.
-    Os tipos de erros, uma vez que alguns são mais graves do que outros, sendo importante que a criança seja consciencializada deste facto.

Bibliografia:

1.      Antunes N. L. (2009). Mal-entendidos (3.ª ed.). Lisboa: Verso da Kapa
2.      Cruz, Vitor , (1999). Dificuldades de Aprendiagem, Porto : Porto Editora, LDA.
3.      Fonseca, V. (2005). Desenvolvimento Psicomotor e Aprendizagem. Lisboa: Âncora Editora.
4.      Fonseca, V. (2008). Dificuldades de Aprendizagem (4.ªed.). Lisboa: Âncora Editora
5.      Hipólito, R. (2008). Uma visão multidisciplinar dos transtornos de aprendizagem. Consultado na World Wide Web a 10 de Março de 2012, em: http://pepsic.bvs-psi.org.br/pdf/pee/v12n2/v12n2a18.pdf
6.      Magalhães, M. E. P., Lopes, S. A. D., Matos, T. J. V., Schlorke, A. C. S. (s.d.). Áreas das Dificuldades: Escrita. Consultado na Worl Wide Web a 10 de Março de 2012, em http://guaiba.ulbra.tche.br/pesquisas/2007/artigos/pedagogia/194.pdf
7.      Paulino, J. I. B. (2009). Consciência fonológica – Implicações na aprendizagem da leitura. Dissertação de Mestrado. Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, Coimbra
8.      Pinto, M. G. L. C. (s.d). Para uma Melhor Identificação da Dislexia e da Disortografia. Consultado em World Wide Web a 10 de Fevereiro de 2012, em: http://repositorio-aberto.up.pt/handle/10216/7718
9.      Torres, R. M. R. & Fernandéz, P. F. (2001). Dislexia, Disortografia e Disgrafia. Lisboa: McGraw-Hill de Portugal, Lda.